sexta-feira, 3 de junho de 2011

* Gil Vicente *


São poucos e incertos os dados biográficos de Gil Vicente: terá nascido em Guimarães, na década de 1460 – 1470 e a sua morte deverá ter ocorrido cerca de 1536. Foi casado duas vezes. Do primeiro casamento teve dois filhos: Gaspar e Belchior Vicente. Quando enviuvou, voltou a casar, de onde resultaram três filhos: Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. Tanto Paula como Luís tiveram um papel muito importante na publicação, em 1562, da compilação das obras de seu pai.

Na primeira década do século XVI, existe referência a um Gil Vicente “mestre da balança” da Casa da Moeda de Lisboa, mas não há dados conclusivos que permitam afirmar que se trata da mesma pessoa.

A primeira obra do dramaturgo tem a data de 1502 e a ultima de 1536. a sua carreira desenvolve-se nos reinados de D. Manuel I (1495-1521), por quem foi incumbido de escrever, organizar e ensaiar os autos para a Corte, e de D. João III (1521-1557). Esteve ainda muito tempo ao serviço da Rainha Velha, Dona Leonor, que o protegeu e a quem dedicou várias obras.

Gil Vicente viveu entre o fim da Idade Média e o começo do Renascimento português, pelo que a sua obra reflecte valores sociais, religiosos e culturais muito diversos - poeta lírico dramático, critico de espírito reformador e satírico, observador da sociedade e do comportamento de grupos humanos, Gil Vicente manteve a actualidade, ainda que o seu teatro fosse um teatro de corte, subordinado às exigências e cerimoniais da vida cortesã.

Refiram-se algumas das suas obras:

Þ 1502 - Monólogo do Vaqueiro

Þ 1509 – Auto da Índia

Þ 1512 – Velho da Horta

Þ 1515 – Quem tem Farelos?

Þ 1517 – Auto da Barca do Inferno

Þ 1518 – Auto da Alma

Þ Auto da barca do Purgatório

Þ 1523 - Farsa de Inês Pereira

Þ 1526 - Auto da feira

*1527 – Breve Sumário da Historia de Deus

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um cheirinho de Gil Vicente...


A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548, já na idade moderna, tentou por fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolidou o teatro popular. Os grupos que se profissionalizaram dois géneros fixaram-se: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Gil Vicente, que satirizava o quotidiano. As suas personagens são estereotipadas, e a forma como eram ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reapareceram no vaudeville, que no século XVII foi apresentado nos teatros de feira.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Espaço cénico Teatral

O interior das igrejas é usado inicialmente como espaço teatral. Quando as peças se tornam mais elaboradas e exigem mais espaço, passam para a praça em frente à igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos populares que improvisam o palco em carroças e se deslocam de uma praça para a outra.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Origens...

O renascimento do teatro deu-se, paradoxalmente, através da própria igreja, na Era Medieval. O renascimento do teatro deveu-se à representação da história da ressurreição de Cristo. A partir deste momento, o teatro era utilizado como veículo de propagação de conteúdos bíblicos, tendo sido representados por membros da igreja (padres e monges). O teatro medieval religioso entrou em franco declínio a partir de meados do século XVI.
Desde o século XV, trupes teatrais agregavam-se aos domínios de senhores nobres e reis, constituindo o chamado teatro elisabetano. Os actores - ainda com a participação exclusiva de actores homens - eram empregados pela nobreza e por membros da realeza. O próprio Shakespeare, assim como o actor original de Otelo e Hamlet, Richard Burbage, eram empregados pelo Lorde Chamberlain, e mais tarde foram empregados pelo próprio rei.
Na Espanha, atores profissionais trabalhavam por conta própria, sendo empresariados pelos chamados autores de comédia. Em Portugal temos o bom exemplo de Gil Vicente. Anualmente, as companhias realizavam festivais religiosos, e sobretudo no século XVII, as representações nas cortes espanholas encontravam-se fortemente influenciadas pelas encenações italianas. Os nomes mais proeminentes deste período (a chamada idade de ouro do teatro espanhol) foram Calderon de La Barca e Lope de Vega.
Foi mais notadamente na Itália que o teatro renascentista rompeu com as tradições do teatro medieval. Houve uma verdadeira recriação das estruturas teatrais na Itália, através das representações do chamado teatro humanista. Os atores italianos deste, basicamente, eram amadores, embora já no século XVI tenha havido um intenso processo de profissionalização dos actores, com o surgimento da chamada "Commedia Dell'Arte", em que alguns tipos representados provinham da tradição do antigo teatro romano: eram constantes as figuras do avarento e do fanfarrão.
Devido às muitas viagens que as pequenas companhias de Commedia Dell'Arte empreendiam por toda a Europa, este género teatral exerceu grande influência sobre o teatro realizado em outras nações. Um dos aspectos marcantes nesse teatro foi a utilização de mulheres nas representações, facto que passou a se estender para os outros países.

Uma vez mais refiro que:

É marcante do século X, ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como actores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano.

Um bom exepmlo, das boas peças que se sepresentavam na altura, temos os "autos" de Gil Vicente. Como por exemplo o tão conhecido "Auto da Barca do Inferno".

terça-feira, 29 de março de 2011

* Bem-Vindos à minha página *


Bem-Vindos à minha página sobre Teatro Medieval. Esta, está a ser desenvolvida no âmbito da Unidade Curricular de Informática Aplicada. Ao longo do Semestre irei postando informação sobre o tema que escolhi para este Blog.
Para já deixo-vos um "cheirinho"...


O teatro medieval é de origem religiosa. Os enredos são tirados da história bíblica. As ocasiões de representação são as festas do ano litúrgico. O palco é a praça central da cidade. Toda a população participa nele. Mas no palco também já se encontram os elementos cenográficos que, mais tarde, constituirão o "teatro de ilusão" moderno. O valor literário das peças é muito desigual: entre cenas de lirismo religioso e humorismo popular (cenas do diabo e dos judeus) encontram-se longos trechos didáticos e declamatórios.


E é assim que vai ser... Claro que, com informação mais desenvolvida!


Até já (: